• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Através da nossa metodologia de trabalho, conhecimento e ferramentas, você empresário, irá compreender que nós seremos um parceiro fundamental para o seu negóicio.

    Nosso trabalho é voltado para a gestão da sua empresa visando facilitar as tomadas de decisão e permitindo que você foque apenas em seu negócio.

    Quer crescer mais? Conte conosco!

    Orçamento para abertura de sua empresa Orçamento para assessoria mensal

Notícia

Câmara vai debater Código Comercial

Projeto apresentado pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP) modifica Código de 1850 e cria nova legislação para as relações entre empresas

Autor: Eduardo BrescianiFonte: Estadão

A Câmara dos Deputados começou a discutir o projeto que institui um novo Código Comercial. Segundo o autor da proposta, deputado Vicente Cândido (PT-SP), a intenção é unificar tudo que diz respeito a relações entre empresas, promovendo uma modernização da legislação sobre o tema.

O Código Comercial em vigor no Brasil é de 1850. Ele foi desfigurado ao longo dos anos e atualmente apenas a parte que trata sobre o comércio marítimo está em vigência. Os outros temas foram incluídos no Código Civil, em meio ao processo de reforma dessa lei no ano de 2003.

A proposta de instituição de um novo código tem como principal defensor no meio acadêmico o jurista Fábio Ulhoa Coelho, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.

O deputado Vicente Cândido foi aluno dele em uma pós-graduação e decidiu apresentar um projeto de lei inspirado nas ideias do jurista. A principal tese é a de que a regra para reger as relações entre empresas não pode ser a mesma do Código Civil, que se aplica mais para as pessoas físicas.

"A ideia é fazer uma unificação da legislação regulando a relação entre empresas privadas. Hoje há muita demanda no Judiciário e o juiz não tem uma base clara para consultar", argumenta Cândido. Ele afirma ser objetivo da lei reduzir a burocracia para as empresas, diminuindo gastos com cartórios e facilitando ações como abertura de empresas e troca de sócios, entre outras.

Segurança

Para Marcelo Freitas Ferreira, um dos sócios do escritório Siqueira Castro, o projeto pode dar mais segurança jurídica para empresários. "Você vai solidificar princípios de uma forma uniforme, criando um ambiente mais seguro e confortável."

Outra sócia do escritório, Maria Cibele Crepaldi Affonso dos Santos, vê como mérito do projeto de lei a colocação dos empresários sempre como proprietários, e não como consumidores.

"Quando duas sociedades fazem um contrato ninguém será tratado como consumidor. Isso é bom porque acaba com a ideia de que alguns empresários são hipossuficientes", diz Cibele.

O assessor jurídico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Cácito Esteves, também elogia a iniciativa, mas já aponta alguns problemas.

Para ele, o código não deveria fazer nenhuma referência a assuntos já tratados na Lei de Falências e na Lei das Sociedades Anônimas. Critica também a forma como foi redigida a regulamentação sobre comércio eletrônico.

"A parte sobre comércio eletrônico vai contra o que o próprio código defende, porque ali se disciplina a relação das empresas com consumidores. Isso deveria estar em uma lei específica, não em um código com esse objetivo de regular os negócios entre as empresas", diz Esteves.

A proposta apresentada pelo deputado federal Vicente Cândido tem 670 artigos e 115 páginas. O parlamentar trata o texto como ponto de partida para o debate e crê que, por causa do período eleitoral, somente no próximo ano o projeto deverá ser analisado no plenário da Casa. Apesar de as discussões ainda estarem no início, ele já admite mudanças no texto.

"Vamos criar um livro específico sobre agronegócio e diminuir a burocracia também para os microempreendedores individuais", afirma o autor, que é também relator do relator do projeto da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações de 2013 na Câmara.

A comissão especial que analisa a proposta foi instalada na semana passada, e o deputado Paes Landim (PTB-PI) foi nomeado relator.