• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Através da nossa metodologia de trabalho, conhecimento e ferramentas, você empresário, irá compreender que nós seremos um parceiro fundamental para o seu negóicio.

    Nosso trabalho é voltado para a gestão da sua empresa visando facilitar as tomadas de decisão e permitindo que você foque apenas em seu negócio.

    Quer crescer mais? Conte conosco!

    Orçamento para abertura de sua empresa Orçamento para assessoria mensal

Notícia

Planejar sua sucessão não depende do patrimônio

Trata-se de uma boa notícia, pois indica que os casais, depois que se separam, estão cada vez mais preocupados com a formalização do estado civil, evitando uma série de problemas futuros.

Autor: Marcelo d'AgostoFonte: Valor Econômico

O número de divórcios em 2010 aumentou 37% em relação ao ano de 2009, segundo as Estatísticas do Registro Civil publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se de uma boa notícia, pois indica que os casais, depois que se separam, estão cada vez mais preocupados com a formalização do estado civil, evitando uma série de problemas futuros. Se uma pessoa se separa, não formaliza o divórcio, mas forma outra família, a situação legal do novo cônjuge e dos descendentes torna-se frágil do ponto de vista legal. E seus bens, após a morte, podem ser objeto de complexas disputas judiciais.

O aumento do número de divórcios pode ser explicado, em larga medida, por alterações na legislação. Segundo observou o IBGE, toda vez que a lei torna os processos de divórcio mais ágeis, como aconteceu nos anos de 1989, 2007 e agora em 2010, o número cresce. Como ninguém termina com um casamento devido a uma mudança na legislação, pode-se concluir que as adaptações na lei facilitaram a oficialização de divórcios que já estavam consumados.

A correta formalização do estado civil é um passo anterior e necessário para se pensar no planejamento sucessório. Nesta semana conversei com a advogada Flávia Andrade, sócia do escritório Tozzini Freire Advogados, sobre os passos necessários para planejar, em vida, a distribuição da herança. A entrevista estará no portal Valor em breve.

Hoje em dia a organização das famílias está muito mais complexa. Segundo o IBGE, 18% dos casamentos realizados em 2010 envolveram cônjuges divorciados ou viúvos. É comum ainda encontrarmos casais que possuem filhos em comum e de outros casamentos. Além disso, é cada vez mais corriqueiro encontrar famílias que tiram seu sustento de um negócio tocado conjuntamente por irmãos, filhos, sobrinhos ou enteados.

Portanto, o planejamento sucessório, que antes era considerado algo restrito para as pessoas que tinham conseguido acumular grandes patrimônios, torna-se cada vez mais assunto fundamental para um grande número de famílias. Se benfeito, evita brigas e desacordos que podem levar à paralisação de negócios ou a perdas substanciais de patrimônio.

O principal instrumento de planejamento sucessório é o testamento, cujo objetivo é simplificar e tornar mais ágil o inventário. O testamento é o documento no qual a pessoa manifesta a forma como deseja ver seus bens divididos, e pode ser modificado a qualquer momento.

No entanto, há regras e diversos limites na legislação que devem ser respeitados ao se redigir o testamento. Por exemplo, existem os chamados herdeiros necessários, que são os filhos ou netos, os pais ou avós e o cônjuge. Aos herdeiros necessários, a lei garante, no mínimo, metade da herança. Portanto, o indivíduo somente pode dispor livremente de metade de seus bens.

A divisão do patrimônio entre cada herdeiro deve respeitar a proporção do valor econômico total dos bens, mas é possível fazer destinações distintas. Por exemplo, se a herança for constituída por um imóvel e por cotas de uma empresa, ambos com o mesmo valor econômico, a distribuição pode se dar de forma que um herdeiro fique com o imóvel e outro, mais familiarizado com os negócios, fique com a totalidade das cotas da empresa.

Outro instrumento de planejamento sucessório é a doação em vida, quando a pessoa destina aos seus herdeiros os bens que conseguiu acumular ao longo de sua vida. Nesse caso, porém, além de ser obrigatório que o herdeiro aceite a herança, a operação não pode ser desfeita.

Finalmente, outro instrumento que pode ser utilizado são os seguros de vida e os planos de previdência.

Segundo a especialista Flávia Andrade, é importante ter em mente que não existem produtos ou soluções prontas quando o assunto é planejamento sucessório porque cada família possui objetivos específicos e dinâmica própria.

De qualquer forma, dada a atual complexidade das relações familiares, pensar em planejamento sucessório hoje em dia é fundamental para evitar a aterrorizante situação de deixar todo o seu dinheiro para o atual marido da sua ex-mulher.