• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Através da nossa metodologia de trabalho, conhecimento e ferramentas, você empresário, irá compreender que nós seremos um parceiro fundamental para o seu negóicio.

    Nosso trabalho é voltado para a gestão da sua empresa visando facilitar as tomadas de decisão e permitindo que você foque apenas em seu negócio.

    Quer crescer mais? Conte conosco!

    Orçamento para abertura de sua empresa Orçamento para assessoria mensal

Notícia

Após 11 meses, arrecadação de tributos volta a subir no País

Pela primeira vez em 11 meses a arrecadação de impostos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e das demais receitas, taxas e contribuições controladas por outros órgãos, voltou a subir.

Pela primeira vez em 11 meses a arrecadação de impostos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e das demais receitas, taxas e contribuições controladas por outros órgãos, voltou a subir. De acordo com os dados divulgados ontem pela Receita Federal, no mês de outubro o valor fechou em R$ 68.839 milhões, 0,9% maior que em outubro de 2008 e 33,24% maior do que em setembro. O coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da Receita Federal, Raimundo Elói de Carvalho, disse que o valor é o mais alto da série para meses de outubro, considerando a série atualizada pelo IPCA dos anos anteriores. O acumulado de janeiro a outubro fechou em R$ 552.475 milhões.

As receitas administradas pelo fisco no mês passado foram 3,20% maior do que no mesmo mês de 2008, o que reverte os decréscimos notados desde novembro do ano passado. As demais receitas totalizaram R$ 3,811 bilhões, com alta real de 199,91% ante setembro e queda real de 26,89% ante outubro do ano passado.

"Já existia uma expectativa do mercado de que em outubro a arrecadação aumentaria", afirma o economista e analista da Win Trade, José Góes. "O reaquecimento da economia e o fim de isenções, como o IPI para automóveis, contribuíram para o resultado de outubro", explica. "O governo trabalha para esta retomada, porque a economia voltou a crescer", entende o professor de finanças do Insper, Alexandre Chaia.

De acordo com o relatório da Receita, os fatores que influenciaram no aumento da arrecadação foram, principalmente, a transferência, no mês, de depósitos judiciais da ordem de R$ 5 bilhões. Além do pagamento das parcelas do Refis, que registrou um acúmulo de R$ 776 milhões. "Muita gente voltou a pagar suas dívidas em dia, por causa das novas regras do Refis", analisa Góes. "No entanto, esses fatores apontados pela Receita são extras, o principal é a retomada da economia, além da volta da cobrança de alguns impostos e benefícios a empresas importadoras", ressalta Chaia. As variações reais das receitas administradas pelo Fisco, em comparação com setembro, foram positivas em 29,45%.

Apesar do avanço da arrecadação no acumulado do ano (R$ 552.475 milhões), se comprado ao mesmo período do ano passado, o resultado é ainda inferior em 6,38%. O desempenho de janeiro a outubro deste ano, em relação a igual período de 2008, teve uma queda na variação real de 5,88%. Mesmo assim, é a menor de 2009. As demais receitas somaram no acumulado de 2009 R$ 17,507 bilhões, com queda real de 28,85% ante igual período de 2008.

A queda

O coordenador-geral da Receita Federal, Raimundo Elói de Carvalho, destacou ontem que 10 setores econômicos responderam por 91,6% da queda na arrecadação das receitas administradas, excluindo-se a contribuição previdenciária no ano. Ou seja, de um total de R$ 41,1 bilhões de queda na arrecadação de "tributos fazendários", no qual se encaixam Imposto de Renda, PIS/Cofins, IPI, entre outros, R$ 37,7 bilhões foram somente desses dez setores. Neste grupo, o principal destaque foi o setor automotivo, que teve participação de 25,9% na queda total. Em seguida, foi o de combustíveis, com participação de 21,88% no recuo total das receitas fazendárias.

"A economia brasileira sofreu muito com a crise financeira, apresentando retrações, principalmente nas atividades econômicas. Além disso, as desonerações fiscais contribuíram para meses consecutivos de quedas", analisa o analista da Win Trade. "Os três primeiros trimestres deste ano, foram bem complicados", completa Alexandre Chaia.

O relatório da Receita divulgou, ainda, que de dezembro de 2008 a setembro de 2009, houve um decréscimo de 50% no lucro das empresas, em comparação com dezembro de 2007 a setembro do ano passado. No mesmo período, a produção industrial caiu 25,80%, assim como as vendas de bens e serviços (11,60%).

A tendência

As previsões para o final deste ano e começo de 2010 ainda são positivas, segundo especialistas. "Podemos esperar resultados ainda maiores para novembro e dezembro. Mas só chegaremos à normalidade nas arrecadações avaliadas em 2008, a partir de janeiro do ano que vem", avalia José Góes. Para ele, a principal preocupação para 2010, continua sendo os gastos públicos, que mesmo caindo, ainda se mantêm altos. Opinião semelhante possui o professor do Insper. "A receita terá uma retomada, mas as despesas públicas precisam diminuir", diz o professor Chaia.