• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Através da nossa metodologia de trabalho, conhecimento e ferramentas, você empresário, irá compreender que nós seremos um parceiro fundamental para o seu negóicio.

    Nosso trabalho é voltado para a gestão da sua empresa visando facilitar as tomadas de decisão e permitindo que você foque apenas em seu negócio.

    Quer crescer mais? Conte conosco!

    Orçamento para abertura de sua empresa Orçamento para assessoria mensal

Notícia

Crédito mais fácil em vez de IPI reduzido

Crédito é opção ao fim do IPI menor

Fonte: Valor Econômico

As montadoras começam a se preparar para enfrentar um mercado muito menos eufórico, com a volta progressiva da cobrança do IPI, que começa em outubro e vai até o fim do ano. A maior aposta, para compensar o imposto menor, que vigorou em três trimestres deste ano, é a oferta de financiamentos mais longos e com taxas mais baixas.

Depois do período de sufoco, com o aperto no crédito, na virada do ano, a General Motors vai anunciar, nos próximos dias, planos de financiamentos de até 72 meses. A montadora vinha até agora trabalhando com prazo máximo de 60 prestações. Para o diretor de vendas da GM, Francisco Stefanelli, a compensação do aumento do IPI, a partir de outubro, está no crédito mais fácil. "O importante é quanto eu posso pagar em reais por mês."

Ele próprio acaba de comprar carros para os dois filhos, financiados em 60 meses. A ideia é fazer com que eles mesmos, de 21 e 25 anos, possam arcar com o pagamento das prestações. "Despesa com carro tem que ser como a do celular; a gente paga pelo uso, não pelo valor do bem", destaca.

Prazos mais longos estão sendo vistos como chamariz também nas concessionárias. A rede Volkswagen oferece juros mais baixos, de 0,99% ao mês, nas linhas Fox e novo Gol para planos de 24 meses. Mas, apesar de a taxa ser mais baixa, o consumidor prefere os planos de 60 meses, onde os juros variam de 1,21% a 1,29%. Segundo Marcos Leite, gerente de vendas da Amazon, concessionária Volks de São Paulo, 70% dos financiamentos estão sendo feitos em 60 prestações.

As montadoras também aproveitam os novos atrativos nos financiamentos para oferecer taxas promocionais nos carros populares, que tendem a ser os mais afetados pelo aumento do IPI. A GM lançou uma campanha de juros de 0,75% ao mês para o modelo Classic, carro que custa R$ 24,5 mil. A Citroën oferece taxa de 0% em alguns modelos, como Picasso e C4, e já prepara o lançamento de uma versão especial do modelo C3 com mais opcionais sem acréscimo de preço.

De modo geral, os departamentos de marketing das montadoras já começam a estudar estratégias para a fase de mercado sem incentivo do governo. É possível que em alguns casos muitas marcas nem repassem o aumento do tributo nos primeiros dias. Mas ninguém conta detalhes de planos nessa linha.

Desta vez também nenhuma empresa está contando com a prorrogação do benefício. "Trata-se de um momento em que todo o mundo vai ter que se enquadrar", afirma o gerente de vendas da Citroën, Mário Mizuta.

As vendas de veículos, com IPI reduzido, acumuladas de janeiro até o dia 25 de agosto, totalizaram 1,929 milhão de unidades, o que representa um aumento de 2,36% em relação a igual período de 2008. Mas o ritmo de licenciamentos em agosto tem demonstrado uma queda na comparação com junho. A média diária de emplacamento de veículos este mês está por enquanto em 11,4 mil unidades. Em julho a média foi de 12,4 mil por dia. Mesmo assim, a indústria está animada. Espera-se que o mercado ultrapasse 300 mil veículos em setembro, o último mês de vigência de IPI reduzido.

A partir daí, haverá a volta gradativa do que era o imposto até novembro de 2008. Nos carros com motor 1.0, que estão sem IPI, a alíquota passará para 1,5% em outubro, subindo para 3% em novembro, para 5%, em dezembro e atingindo 7% em janeiro. Para os automóveis com motores entre 1.0 e 2.0 (hoje com metade da alíquota de 11%), a escalada será de 6,5% (outubro), 7,5% (novembro), 9% (dezembro) e 11% (janeiro).

Na indústria de caminhões, que conta com isenção de IPI até dezembro, a expectativa é que o governo prorrogue o benefício. "Como o caminhão depende muito da atividade econômica nossa esperança é que o governo prorrogue o incentivo fiscal enquanto a economia não retoma o ritmo normal", afirma o presidente da MAN na América Latina, Roberto Cortes.