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Notícia

Analistas apostam em alta mais moderada do juro

Fonte: Estadão
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve passar a adotar aumentos mais moderados da taxa de juro, diante do agravamento da crise financeira de crédito e seus efeitos sobre a economia brasileira, mostrou pesquisa divulgada nesta segunda-feira. De acordo com levantamentio feito pelo próprio BC, com analistas e empresas no país, a expectativa é de dois aumentos consecutivos de 0,25 ponto percentual cada da taxa Selic nas reuniões de outubro que se encerra na quarta-feira e dezembro. Isso levaria a Selic para 14,25 por cento ao final do ano, levemente abaixo dos 14,50 por cento estimados na pesquisa anterior. Para 2009, entretanto, os analistas mantém a aposta que o juro estará em 13,50 por cento em dezembro, o que implica em um período de manutenção do juro seguido por uma possível queda gradativa da taxa. Pesquisa da Reuters realizada na semana passada, das 23 instituições financeiras consultadas, 14 projetaram manutenção da Selic em 13,75 por cento ao ano na reunião do Copom desta semana. Outras oito acreditam que haverá uma alta de 0,50 ponto e apenas uma estimou avanço de 0,25 ponto. INFLAÇÃO EM ALTA Em termos de inflação, os analistas consultados pelo Banco Central elevaram suas projeções para a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2008 e 2009. Para este ano, a estimativa é de uma inflação de 6,29 por cento, ante 6,23 por cento na pesquisa anterior. Para o próximo ano, a projeção é de uma alta de 5 por cento do IPCA, ante 4,90 por cento no levantamento passado. O governo definiu uma meta de inflação de 4,5 por cento para os dois anos. A margem de variação é de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O cenário traçado pelos economistas para a economia brasileira este ano, mas o quadro projetado para 2009 tem se deteriorado gradativamente. De acordo com a pesquisa, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer 5,23 por cento em 2008, mas a taxa de expansão prevista para o próximo ano foi reduzida mais uma vez, passando para 3,10 por cento. (Reportagem de Renato Andrade Edição de Vanessa Stelzer)